1. Recentemente, repeti a publicação de frases da contracapa da revista Vértice
que haviam sido divulgadas neste blog, a partir
de 6 de Fevereiro de 2010. Isso ocorreu
com 21 das 50 frases que haviam sido difundidas nessa altura.
Hoje, vou iniciar a transcrição de
uma série de dez frases aqui publicadas em
2011. No caso destas dez frases, trata-se de textos que a censura
salazarista proibiu.
Como então aqui disse, foi no espólio
documental
correspondente à primeira série da revista da Vértice, existente no
Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, que encontrei esses textos. Museu
esse que, como aqui escrevi, “é o resultado de uma parceria feliz entre a
associação que é a alma do Museu e a Câmara Municipal que soube incorporá-lo e
acarinhá-lo. Uma parceria que oferece à cultura portuguesa um precioso
instrumento, perpetuando muito justamente a memória de um dos mais importantes
movimentos culturais do século XX português, o movimento neo-realista”.
Os números a
que se vão referir são os que constam das provas censuradas, sendo por isso
natural que na série das frases realmente publicadas surjam menções de números
que repetem os que nesta série são referidos.
O facto de
publicar de novo esta série de textos da
contracapa da Vértice, não impede que depois retome a série das frases efectivamente
publicadas depois de vencerem o crivo da Censura.
Recorde-se que a
primeira série a revista Vértice, se editou em Coimbra, entre Maio 1942 e
Dezembro de 1986. A
segunda série iniciou-se em Lisboa, em Abril de 1988, sob a responsabilidade da
Editorial Caminho, e ainda hoje está em curso.
Como já disse
neste blog : "Fiz parte da
Redacção da revista Vértice, entre 1964 e [Dezembro de ]1974. (...)
Durante dez anos, (...) integrei a redacção que se reunia na sede da revista na
Rua das Fangas. As reuniões eram dirigidas por Joaquim Namorado,
director de facto, que coordenava toda a vida da revista. (...) Durante cerca
de ano e meio, cheguei mesmo a ser secretário da redacção da revista, como
antes o haviam sido, entre outros, José Carlos de Vasconcelos e Fernando
António de Almeida, e depois, viriam a sê-lo Carlos Fraião, Fernando Moura e João
Seiça Neves”.
2. Eis a primeira da série de frases, destinadas à Contracapa da Vértice, cuja publicação a Censura na altura proibiu.
Vértice - Nº 341 – Junho de 1972
"São as classes chamadas superiores que têm perdido Portugal, serão as classes trabalhadoras, as mais humildes, mas as mais úteis e activas, as de maior fé e de maior dedicação, as que contribuirão para o salvar".
"São as classes chamadas superiores que têm perdido Portugal, serão as classes trabalhadoras, as mais humildes, mas as mais úteis e activas, as de maior fé e de maior dedicação, as que contribuirão para o salvar".
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