Quando alguém diz mal de si próprio, talvez seja um estóico.
Quando alguém se elogia a si próprio, talvez seja um tolo.
Quando alguém diz mal de um outro, talvez seja um invejoso,
quando ele é fraco e um justiceiro quando ele é forte.
Quando alguém diz bem de um outro, talvez seja um bajulador,
quando ele é forte e um justo quando ele é fraco.
Quando alguém vê nesta sociedade os prelúdios de um desastre, talvez seja um profeta.
Quando alguém vê nesta sociedade os prelúdios de um
amanhecer, talvez seja um sonhador.
Ouço com simpatia os estóicos e procuro ignorar os tolos.
Desprezo os invejosos e os bajuladores. Simpatizo mais com
os justos do que com os justiceiros.
Ai dos profetas que não temperam os futuros que receiam com
a cor de algum sonho. Ai dos sonhadores que não inscrevem na luz que prometem,
o risco de um desastre.
Ao escrever estas
linhas talvez eu tenha querido ascender ao alto patamar dos estóicos, ao planalto digno dos
profetas que saibam sonhar, mas reconheço que corro o risco de ter descido pela escada estreita dos tolos.
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