quarta-feira, 25 de setembro de 2013

VALORIZAR COIMBRA !

Valorizar Coimbra, é ambição da candidatura do Partido Socialista à Câmara Municipal de Coimbra encabeçada por Manuel Machado, a qual lidera um amplo leque de candidaturas a todas  as freguesias  do concelho e à Assembleia Municipal de Coimbra.

A ampla divulgação dos seus aspetos mais relevantes, ao longo das últimas semanas, permite-me que aqui apenas venha sublinhar alguns das partes do seu programa eleitoral , “Valorizar Coimbra” que se assume como uma estratégia nova e um compromisso de futuro.

Vou desdobrá-lo em três partes, publicando hoje a primeira.

O documento começa por situar politicamente a candidatura: Vamos liderar a Câmara Municipal de Coimbra, na vigência de um governo de direita, cuja duração não está nas nossas mãos. Dentro de uma Europa esquecida de si própria e do seu futuro, há em Portugal um governo em vias de promover uma verdadeira regressão civilizacional. Uma regressão que tem feito recuar a sociedade portuguesa para patamares de injustiça degradantes, os quais configuram uma verdadeira emergência social e ameaçam a coesão social, para além do que é comportável em democracia.

Por isso, os resultados destas eleições autárquicas significam muito mais do que o habitual. Se o governo puder cantar vitória, a sua fúria predatória aumentará; se for derrotado, sentir-se-á travado por uma verdadeira censura popular.

Em Coimbra, um dos municípios nacionalmente mais emblemáticos, todos sabemos, com base nas estimativas conhecidas, que ou será eleito como Presidente da Câmara o candidato do governo ou o candidato do PS. Se ganhar o candidato do governo, este irá usar essa vitória para nos agredir ainda mais. Se ganhar o candidato do PS, a penalização política do governo será grande, podendo contribuir para uma derrota nacional do governo que só poderá ser benéfica para todas as suas vítimas. Por isso, há nestas eleições uma dimensão nacional que muito as dramatiza e que nos dá uma vontade acrescida de as vencer.”

Segue-se uma síntese introdutória que dá uma ideia geral do tipo de caminho que irá ser percorrido na política autárquica  pela liderança socialista:

“ Coimbra é o nosso concelho. Tem como centro uma cidade lendária, cuja universalidade foi reconhecida pela comunidade internacional. Assim, só pode ter como desígnio um futuro digno do seu passado e enriquecedor da sua identidade. Lugar de sucessivas juventudes, inconformadas e rebeldes, vai aprender a gerar, cada vez melhor, um ambiente humanista e criativo.
Há de inscrever, por isso, no seu caminho o estimulante sonho de ser, cada vez mais, uma cidade do conhecimento. Na verdade, só assim pode dar o justo relevo ao facto de a sua imagem e a sua história estarem marcadas pela Universidade de Coimbra. É, por isso, um município muito especial, que precisa de valorizar o seu passado, caminhando com ousadia para o futuro.
Mas toda esta proximidade com os mais largos horizontes é fruto do trabalho e da sabedoria das pessoas concretas que aqui viveram e vivem. Por isso, encaramos o município de Coimbra como um processo de desenvolvimento específico, ambiental e socialmente sustentável, bem afastado de qualquer economicismo redutor. Integram o nosso projeto autárquico, quer o respeito pela biodiversidade e pela perenidade dos recursos naturais, quer a solidariedade social em todas as suas dimensões.
Como princípio ativo desse processo, valorizamos as suas potencialidades como cidade atrativa. Para isso, pugnamos por uma mudança profunda na sua atitude, quer para com os seus habitantes, quer para quem a procura para nela estudar ou trabalhar, quer para com os visitantes. Do mesmo modo, abriremos novas vias de captação de investimentos produtivos, incentivando-os e acolhendo-os amigavelmente. Essa mudança criará condições objetivas de estímulo à criatividade, ao talento e ao progresso do conhecimento, quer no plano individual, quer no plano coletivo. Paralelamente, incentivaremos os investimentos que melhor se coadunem com o nosso horizonte estratégico, sem prejuízo de uma nova aposta nos investimentos éticos e solidários. Só assim se estimulará um maior afluxo de juventude a Coimbra. Simetricamente, criaremos novas condições, para que a população sénior altamente qualificada que aqui vive interaja com a juventude numa sinergia sistemática, humanizante e fecunda.
A cidade acolhedora por que almejamos só o poderá ser verdadeiramente se assumir uma lógica efetivamente participativa que envolva os munícipes, como protagonistas ativos de um processo de desenvolvimento sustentável.
Mas esse processo não é uma aventura isolada. Pelo contrário, contamos com as vizinhanças geradoras de parcerias solidárias, materializadas em interações qualificantes, assentes na cooperação intermunicipal. E achamos positivo que o nosso município seja um parceiro ativo, em redes sucessivamente mais amplas. Desde os concelhos mais próximos até às cidades mais distantes situadas no centro do país, desde as cidades geminadas até quaisquer outras que connosco partilhem características ou desígnios, na região centro, na Europa ou no mundo, a todos daremos atenção, apostando em redes de cooperação, geradoras de um cosmopolitismo compatível com aquilo que somos.
Como qualquer outro município, não somos uma ilha fechada que escape ao cerco insalubre do actual governo. Um governo apostado em levar até ao extremo do desastre a sua agenda neoliberal, que castiga o povo, despreza os cidadãos, acentua as desigualdades, confisca o futuro, esquece a justiça, caminhando para um retrocesso civilizacional, insuportável e negro. Sofrendo o cerco e o garrote deste poder central, não nos conformamos com ele. Queremos ser um foco de resistência a essa deriva, ocupando no aparelho de Estado o lugar institucional que a Constituição nos garante, ao lado dos que aqui vivem.
Para tão exaltante empreendimento, esta candidatura conta com uma equipa de cidadãos com competências diversificadas e reconhecidas, há muito civicamente despertos, tecnicamente preparados e politicamente determinados a lutar por um concelho e uma cidade que correspondam às aspirações dos munícipes. E isso só poderá acontecer se abrirmos caminho à felicidade dos cidadãos, o que pressupõe uma cidade mais justa e acolhedora."



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