sexta-feira, 27 de setembro de 2013

VALORIZAR COIMBRA - 3


 Conclui-se hoje a difusão, através deste blog, do que nos parecem ser os tópicos essenciais do programa eleitoral da candidatura socialista ao município de Coimbra liderada  por Manuel Machado, Valorizar Coimbra. Eis pois mais alguns excertos do programa  que, a meu ver, identificam bem o sentido do que se propõe nos planos  da educação, da juventude e do desporto, do espírito criativo, inovador e empreendedor, da sustentabilidade do desenvolvimento, da segurança, da atractividade turística e de uma nova maneira de gerir a autarquia.
Eis os excertos do programa :

04. Uma cidade da educação

Coimbra, como cidade de estudantes, é necessariamente uma cidade de educação e de juventude, na qual o desporto assume crescente relevo.

Além da atenção a tudo o que no concelho diz respeito à Educação, dentro das competências próprias, em articulação com as do poder central, valorizaremos as questões do pré-escolar e do 1ºciclo. Nessa medida, além do exercício pleno das nossas competências, estaremos ao lado dos cidadãos na resistência ao vendaval destruidor que, pela mão do atual governo de direita, tem assolado o ensino público.

É assim que, no quadro das suas competências, a CMC, por exemplo, intervirá em tudo o que tenha a ver com a rede escolar, pautando-se por uma racionalidade pedagógica e organizativa exigente, que incorpore com toda a energia a defesa da escola pública.


05. Uma cidade do desporto e da juventude.

A prática desportiva contraria a inércia, protege a saúde física e mental, gera convivialidade entre as pessoas, aproxima-as, em muitos casos, da natureza e contribui para uma ocupação qualificante dos tempos livres. É um fenómeno social de relevo, inscrito nas preocupações centrais de qualquer município. É um elemento educativo importante e um fator relevante na promoção da saúde.

Por isso, encaramos Coimbra como cidade de desporto, promovendo a prática de atividades físicas, apoiando o desporto de competição, bem como a formação e a valorização dos agentes desportivos.  

A nossa política de juventude não é um território isolado. Pelo contrário, ela afirma-se em todas as áreas de intervenção do município, através da importância concedida às aspirações dos jovens e do protagonismo crescente que se lhes atribui. Projeta-se, por isso, nas políticas educativas e nas de desporto, tendo especial visibilidade no estímulo ao associativismo e ao cooperativismo juvenis.

Do mesmo modo, são manifestações dessa política o encorajamento da participação da juventude em iniciativas culturais e em realizações literárias e artísticas; o mesmo se passando com o apoio a jovens em ações de voluntariado, com destaque para a sua intervenção em todas as entidades da economia social. E também com tudo aquilo que facilite a iniciativa empresarial dos jovens e a respetiva intercooperação, bem como com as políticas de habitação que lhes sejam especialmente dirigidas.


06. Uma cidade empreendedora, criativa e inovadora

A iniciativa empresarial, a criatividade e a capacidade de inovação podem fundir-se num poderoso impulso de desenvolvimento económico-social. Gerar condições para que isso ocorra e para o potenciar quando surgir, constituem dois fatores decisivos para o progresso de uma cidade e de um concelho.

Connosco, Coimbra vai apostar forte na inovação, na sustentabilidade, no conhecimento, na cooperação entre instituições e empresas, de modo a poder tornar-se um parceiro relevante na competição global intercidades. Para isso, daremos toda a importância, como elementos estratégicos estruturantes, à diversificação da base económica da cidade, ao reforço da sua competitividade e à qualidade da iniciativa empresarial.

Vamos também prestar toda a atenção ao desenvolvimento rural, encarando-o como um elemento estruturante da vida económica do concelho.

Em parceria com o tecido empresarial e institucional existente, assumiremos uma estratégia económica para Coimbra que a torne mais inovadora e mais produtiva..


07. Uma cidade sustentavelmente desenvolvida

Uma cidade de excelência, no campo da saúde, não é compatível com um desenvolvimento económico que não seja ecológica e socialmente sustentável. Nestes dois planos, há que procurar equilíbrio interno e uma integração regional proveitosa. Só assim se poderá combater eficazmente a desertificação e a perda demográfica do concelho.

Socialmente, no quadro das suas competências, a CMC pugnará por um dinamismo económico promotor de emprego, participando por esta via na luta contra a pobreza e na luta por um envelhecimento saudável e digno.

A água é um bem público essencial, social e ecologicamente muito relevante, sendo o direito à água um direito humano fundamental, ao qual daremos centralidade na nossa política. Nessa medida, combateremos a privatização dos sistemas a que Coimbra está associada e não alienaremos a empresa municipal Águas de Coimbra, defendendo-a com determinação e persistência.

Em consonância com outros aspetos do nosso programa, vamos valorizar, acompanhar e facilitar as condições de reabilitação urbana, nomeadamente, ativando a ação da Sociedade de Reabilitação Urbana, atribuindo à recuperação da Alta e Baixa da cidade um caráter prioritário nas políticas municipais.


Sem menosprezar o valor da fluidez das ligações do nosso concelho com a região que o rodeia, damos aqui relevo à sua mobilidade interna. Nesse quadro, apostamos no transporte público como meio prioritário de locomoção dentro dos eixos centrais da cidade.

Como questão emblemática e estratégica a resolver, pugnaremos pela conclusão do projeto do Metro Mondego, incluindo a sua vertente urbana, como meio essencial da mobilidade, quer no concelho de Coimbra, quer nos da Lousã e de Miranda do Corvo, bem como pela imperiosa resposta a dar às populações destes concelhos, prejudicadas pela desativação da linha da Lousã.

08. Uma cidade mais segura

A segurança, em todos os seus aspetos, é um elemento nuclear da qualidade de vida. Cabe-nos, por isso, encontrar respostas para os problemas de insegurança que atinjam o nosso município. Vamos ocupar-nos de alguns aspetos daquilo que está sob a nossa alçada ou dela mais se aproxime.

Os riscos gerados por fenómenos naturais exigem uma capacidade de resposta permanente e um conhecimento seguro das condições e probabilidades da sua eclosão. Por isso, vamos desenvolver sistemas preventivos, passivos e ativos, nos espaços urbanos mais sensíveis e definir um conjunto de linhas de intervenção prioritárias para o reforço da área de Proteção Civil e, também, uma área de intervenção municipal – todas elas essenciais na garantia da segurança da população e na preservação dos seus bens.


09. Uma cidade turisticamente mais atractiva

A atratividade turística de uma cidade depende da qualidade de vida que proporciona, de um ambiente acolhedor e daquilo que a distingue de todas as outras. Por isso, uma política de promoção turística não pode ser protagonizada apenas por uma estrutura parcelar. Atravessa toda a política do município. Nessa medida, envolve muito do que já se disse nos números anteriores.

É urgente alterar a política de turismo municipal, diversificando a oferta disponível, ao mesmo tempo que se consolida a imagem de uma cidade universitária que é um lugar de excelência de produção académica, de inovação científica e tecnológica. É tempo de libertar Coimbra de uma estratégia de valorização passadista e repensá-la criativamente como cidade histórica e moderna, cosmopolita e orientada para o futuro.

Vamos apostar fortemente em ações de revitalização urbana, para que Coimbra seja um município mais animado, mais acolhedor e mais atrativo, nomeadamente, pela revivificação dos espaços públicos centrais da cidade.


10. Uma autarquia gerida de forma rigorosa, transparente e inovadora

Uma equipa determinada vai liderar a realização deste programa, coadjuvada pela competência e dedicação dos trabalhadores da autarquia, e beneficiando, por certo, da cooperação participativa dos cidadãos.

Queremos, por isso, protagonizar uma gestão urbana de proximidade, com a população e para a população. Isso implica o reforço da democracia participativa, de modo a envolver crescentemente os cidadãos em decisões que, comportando-a, envolvam escolhas estrategicamente relevantes e opções quanto a despesas e receitas. Isto é, fomentaremos a participação efetiva dos cidadãos na gestão municipal, numa lógica partilhada com a dos orçamentos participativos.

A gestão municipal será mais eficiente, redesenhando a respetiva organização, inovando em métodos e procedimentos. Serão aplicados novos modelos de gestão autárquica, recorrendo a tecnologias de última geração, criando processos de atendimento de proximidade e descentralizando o acesso aos serviços municipais.

No quadro desse compromisso, será reconhecida a diversidade identitária de Coimbra, olhando-se para cada freguesia como única, sem deixar de vê-la como igual a todas as outras, de modo a tornar a gestão de todas elas mais eficiente, garantindo a todas igualdade de tratamento.

Na lógica deste tipo de governação autárquica, procuraremos criar um ambiente fiscal propício aos munícipes. Nesse sentido, serão estudadas as possibilidades de, no contexto de um orçamento municipal já com grande peso de encargos fixos, baixar os impostos, como o IMI, o IMT e as derramas camarárias, bem como prescindir de metade da receita do IRS, a que o município por lei tem direito, a favor dos cidadãos, aumentando desse modo o rendimento disponível das famílias e empresas.

Assumimos assim uma modernização administrativa, orientada para satisfazer as necessidades dos munícipes, das empresas e das entidades de economia social, para racionalizar a gestão. A qualidade da informação e do seu acesso são estratégicos, quer para uma administração da Câmara rigorosa e transparente, quer para facilitar a vida aos cidadãos, garantindo-lhes o acompanhamento dos seus processos, sem perdas de tempo e sem deslocações desnecessários.




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