- COMISSÃO DE HONRA da CANDIDATURA do PS "VALORIZAR COIMBRA"liderada por Manuel Machado
Rui de Alarcão, Prof. da Universidade de Coimbra / Presidente
Adelaide Duarte, Prof. da Universidade de Coimbra
Adélia Assunção Mariano, Jurista
Adelino Martins, Maestro
Adriano Teixeira de Sousa, Prof. da Universidade de Coimbra
Agostinho Almeida Santos, Prof. da Universidade de Coimbra
Albano da Silva Pereira, Realizador
Albertino Sous...a, Administrador de empresas
Alexandre Dias Pereira, Prof. da Universidade de Coimbra
Aloísio Albano de Castro Leão, Médico
Álvaro Canelas de Castro, Engenheiro Agrónomo
Álvaro Dias Martins Aroso, Economista
Álvaro Maia Seco, Prof. da Universidade de Coimbra
Álvaro Seco, Coronel do Exército
Américo Figueiredo, Prof. da Universidade de Coimbra
Ana Leonor Dias Pereira, Prof.ª da Universidade de Coimbra
Ana Marta Brinca Machado, Enfermeira
Ana Paula Arnaut, Prof.ª da Universidade de Coimbra
Ana Pires Quintais, Psicológa
André Dias Pereira, Prof. da Universidade de Coimbra
André Sardet, Músico e Compositor
André Vicente Carvalho Monteiro, Téc. Banco de Portugal
Andreia Melo Carreiro, Investigadora UC
António Almeida Santos, Político, ex-Presidente da Assembleia da República
António Arnaut, Advogado
António Casimiro Ferreira, Sociólogo, Prof. da Universidade de Coimbra
António Cruz, Empresário
António José Monteiro, Arquiteto
António Lopes da Silva, Empresário
António Manuel Arnaut, Advogado
António Mário Velindro Rodrigues, Prof. Instituto Politécnico
António Martinho Marques, Aposentado
António Martins da Silva, Prof. da Universidade de Coimbra
António Pedro Pita, Prof. da Universidade de Coimbra
António Pimenta Simões Duarte, Empresário
António Pinho Marques, Médico
António Pires Tavares França, Engenheiro
António Rasteiro Araújo, Empresário
António Rochette, Prof. da Universidade de Coimbra
António Sérgio Brito Martins, Empresário
Bernardino Guimarães, Empresário
Campos Coroa, Médico
Carlos Andrade, Médico
Carlos Silva, Secretário-Geral UGT
Carvalho dos Santos, Economista
Celestino Quaresma, Engenheiro
Célia Santos, Empresária
Celso André Ferreira Jordão, Téc. Eletrónica Industrial Hosp.
César Branquinho, Empresário
Ciro Costa, Médico
Décio de Sousa, Médico
Dinis Alves, Prof. do Instituto Miguel Torga
Elvira Martins dos Santos, Prof.ª da Esc. Sup. de Enfermagem de Coimbra
Emanuel Vieira Alberto, Gestor Industrial
Emília Maria Cabral Carvalho Martins, Presid. Orquestra Clássica do Centro
Fausto Dias, Prof. da Universidade de Coimbra
Fernanda Daniel, Prof.ª do Instituto Miguel Torga
Fernando Catroga, Prof. da Universidade de Coimbra
Fernando de Matos Soares de Carvalho, Advogado
Fernando José Serra de Oliveira, Prof. da Universidade de Coimbra
Fernando Ruivo, Prof. da Universidade de Coimbra
Filipe Silva, Professor Ensino Superior
Francisco Bandeira, Gestor Bancário
Francisco de Oliveira, Prof. da Universidade de Coimbra
Francisco Paz, Gestor Cultural
Francisco Rolo Oliveira, Médico
Helena Mouro, Prof.ª do Instituto Miguel Torga
Henrique José Lopes Fernandes, Prof. do Instituto Miguel Torga
Henrique Nunes Vicente de Amaral Dias, Empresário
Herculano Morais, Comerciante
Hernâni Caniço, Médico
Horácio Firmino, Médico
Isabel Fineza, Médica
João Faustino Silva, Presid. dos Bomb. Voluntários Coimbra
João Montezuma, Empresário
João Paulo Almeida e Sousa, Médico
João Proença, Economista, ex-Secretário Geral da UGT
João Relvas, Prof. da Universidade de Coimbra
João Rosendo, Engenheiro
João Rui de Almeida, Médico
João Sousa Andrade, Prof. da Universidade de Coimbra
João Vasco Ribeiro, Gestor de Empresas
Joaquim Antero Romero Magalhães, Prof. da Universidade de Coimbra
José Alberto Falção de Moura e Sá, Engenheiro
José Batista Geraldes, Médico
José Castelo Monteiro da Gama, Prof. do Ens. Secundário
José Faria Lourenço, Aposentado
José Manuel Casimiro Girão, Téc. Of. Contas
José Medeiros, Médico, Prof. da Universidade de Coimbra
José Ribeiro Ferreira, Prof. da Universidade de Coimbra
José Silva, Médico
Júlio Reis, Administrador Hospitalar
Luís Carvalho Homem, Empresário
Luís Fernandes, Estudante
Luís Miguel Matias, Empresário
Luís Oliveira, Prof. da Universidade de Coimbra
Manuel Alegre, Poeta
Manuel António Leitão da Silva, Presidente CA IPO
Manuel Garcia Antão, Aposentado PT
Manuel Moreira Claro, Advogado
Margarida Ramos de Carvalho, Prof. do Ens. Secundário
Maria de Lurdes Correia, Médica
Maria Emília Carvalho Homem, Engenheira
Maria Ernestina de Sena Vale Pinheiro, Prof.ª Ap.
Maria Fernanda Campos, Prof.ª do Ens. Secundário
Maria Helena Silva André Reis Marques, Gestora Rec. Humanos
Maria João de Sousa, Gestora Bancária
Maria Teresa Alegre Portugal, Prof.ª do Ens. Secundário Ap.
Maria Teresa Cavaleiro Proença Quelhas, Médica
Mário Campos, Médico
Mário Fernandes, Presid. Vigor da Mocidade
Mário Ruivo, Advogado
Martim Portugal Vasconcelos Pereira, Prof. da Universidade de Coimbra
Mateus Barreirinhas, Empresário
Meliço Silvestre, Prof. da Universidade de Coimbra
Miguel Alexandre Guerreiro Leitão da Silva, Empresário
Nelson Geada, Gestor
Nuno Miguel Coutinho Mateus, Advogado
Nuno Miguel Fonseca Ferreira, Prof. Instituto Politécnico
Ondina Jardim, Médica
Orlando Brinca, Técnico da EDP
Óscar Gonçalves, Médico
Paulo Almeida Santos Cardoso, Dirigente do Inst. Politécnico de Coimbra
Paulo Eno, Artista
Paulo Marcos Palrilha, CDOS Coimbra
Paulo Renato Trincão, Director do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra
Pedro Coimbra, Engenheiro
Pedro Olaio, Pintor
Pereira da Silva, Empresário
Pio de Abreu, Prof. da Universidade de Coimbra
Pires de Carvalho, Prof. do Instituto Politécnico de Coimbra
Reis Marques, Médico
Ricardo Jorge Calhôa Carvalho Santos, Empresário
Ricardo Pocinho, Presid. da UGT-Coimbra
Rosa Maria Rola da Silva, Empresária
Rui Alexandre Brinca Machado, Bancário
Rui Antunes, Presid. do Instituto Politécnico de Coimbra
Rui Manuel Proença Quelhas, Prof. Liberal
Sansão Coelho, Jornalista
Soares Rebelo, Jornalista
Tiago Curado de Almeida, Arquitecto
Tiago Reis Marques, Investigador Universitário
Vasco Manuel Pimentel Pereira da Costa, Escritor
Vassalo Abreu, Jurista
Verónica Basílio, Téc. Adm.
Victor Baptista, Economista
Virgílio Caseiro, Maestro
Vital Moreira, Prof. da Universidade de Coimbra
Coimbra, 26 de Setembro de 2013
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
VALORIZAR COIMBRA - 3
Conclui-se hoje a difusão, através deste
blog, do que nos parecem ser os tópicos
essenciais do programa eleitoral da candidatura socialista ao município de
Coimbra liderada por Manuel Machado , Valorizar Coimbra. Eis pois mais alguns excertos do
programa que, a meu ver, identificam bem o sentido do que se
propõe nos planos da educação, da juventude
e do desporto, do espírito criativo, inovador e empreendedor, da
sustentabilidade do desenvolvimento, da segurança, da atractividade turística e
de uma nova maneira de gerir a autarquia.
Eis os
excertos do programa :
04.
Uma cidade da educação
Coimbra, como cidade de estudantes, é
necessariamente uma cidade de educação e de juventude, na qual o desporto
assume crescente relevo.
Além da atenção a tudo o que no concelho diz
respeito à Educação, dentro das competências próprias, em articulação com as do
poder central, valorizaremos as questões do pré-escolar e do 1ºciclo.
Nessa medida, além do exercício pleno das nossas competências, estaremos ao
lado dos cidadãos na resistência ao vendaval destruidor que, pela mão do atual
governo de direita, tem assolado o ensino público.
É assim que, no quadro das suas competências, a
CMC, por exemplo, intervirá em tudo o que tenha a ver com a rede escolar,
pautando-se por uma racionalidade pedagógica e organizativa exigente, que incorpore
com toda a energia a defesa da escola
pública.
05.
Uma cidade do desporto e da juventude.
A prática desportiva contraria a inércia,
protege a saúde física e mental, gera convivialidade entre as pessoas,
aproxima-as, em muitos casos, da natureza e contribui para uma ocupação
qualificante dos tempos livres. É um fenómeno social de relevo, inscrito nas
preocupações centrais de qualquer município. É um elemento educativo importante
e um fator relevante na promoção da saúde.
Por isso, encaramos Coimbra como cidade de
desporto, promovendo a prática de atividades físicas, apoiando o desporto de
competição, bem como a formação e a valorização dos agentes desportivos.
A nossa política de juventude não é um
território isolado. Pelo contrário, ela afirma-se em todas as áreas de
intervenção do município, através da importância concedida às aspirações dos
jovens e do protagonismo crescente que se lhes atribui. Projeta-se, por isso,
nas políticas educativas e nas de desporto, tendo especial visibilidade no
estímulo ao associativismo e ao cooperativismo juvenis.
Do mesmo modo, são manifestações dessa política
o encorajamento da participação da juventude
em iniciativas culturais e em realizações literárias e artísticas; o mesmo
se passando com o apoio a jovens em ações de voluntariado, com destaque para a sua intervenção em todas as
entidades da economia social. E também com tudo aquilo que facilite a iniciativa empresarial dos jovens e a
respetiva intercooperação, bem como com as políticas
de habitação que lhes sejam especialmente dirigidas.
06.
Uma cidade empreendedora, criativa e inovadora
A iniciativa
empresarial, a criatividade e a capacidade de inovação podem fundir-se num
poderoso impulso de desenvolvimento económico-social. Gerar condições para que
isso ocorra e para o potenciar quando surgir, constituem dois fatores decisivos
para o progresso de uma cidade e de um concelho.
Connosco, Coimbra vai apostar forte na inovação, na sustentabilidade, no conhecimento, na
cooperação entre instituições e empresas, de modo a poder tornar-se um
parceiro relevante na competição global intercidades. Para isso, daremos toda a
importância, como elementos estratégicos estruturantes, à diversificação da
base económica da cidade, ao reforço da sua competitividade e à qualidade da
iniciativa empresarial.
Vamos também prestar toda a atenção ao
desenvolvimento rural, encarando-o como um elemento estruturante da vida económica do concelho.
Em parceria com o tecido empresarial e
institucional existente, assumiremos uma estratégia económica para Coimbra que
a torne mais inovadora e mais produtiva..
07.
Uma cidade sustentavelmente desenvolvida
Uma cidade
de excelência, no campo da saúde, não é compatível com um desenvolvimento
económico que não seja ecológica e socialmente sustentável. Nestes dois planos,
há que procurar equilíbrio interno e uma integração regional proveitosa. Só
assim se poderá combater eficazmente a desertificação e a perda demográfica do concelho.
Socialmente, no quadro das suas competências, a
CMC pugnará por um dinamismo
económico promotor de emprego,
participando por esta via na luta contra
a pobreza e na luta por um envelhecimento
saudável e digno.
A água é um bem público essencial, social e
ecologicamente muito relevante, sendo o direito à água um direito humano
fundamental, ao qual daremos centralidade na nossa política. Nessa medida,
combateremos a privatização dos sistemas a que Coimbra está associada e não
alienaremos a empresa municipal Águas de Coimbra, defendendo-a com determinação
e persistência.
Em consonância com outros aspetos do nosso
programa, vamos valorizar, acompanhar e facilitar as condições de reabilitação urbana, nomeadamente,
ativando a ação da Sociedade de Reabilitação Urbana, atribuindo à recuperação
da Alta e Baixa da cidade um caráter prioritário nas políticas municipais.
Sem menosprezar o valor da fluidez das ligações
do nosso concelho com a região que o rodeia, damos aqui relevo à sua mobilidade
interna. Nesse quadro, apostamos no transporte público como meio prioritário de
locomoção dentro dos eixos centrais da cidade.
Como questão emblemática e estratégica a
resolver, pugnaremos pela conclusão do
projeto do Metro Mondego, incluindo a sua vertente urbana, como meio essencial
da mobilidade, quer no concelho de Coimbra, quer nos da Lousã e de Miranda do
Corvo, bem como pela imperiosa resposta a dar às populações destes concelhos,
prejudicadas pela desativação da linha da Lousã.
08.
Uma cidade mais segura
A segurança, em todos os seus aspetos, é um
elemento nuclear da qualidade de vida. Cabe-nos, por isso, encontrar respostas
para os problemas de insegurança que atinjam o nosso município. Vamos
ocupar-nos de alguns aspetos daquilo que está sob a nossa alçada ou dela mais
se aproxime.
Os riscos gerados por fenómenos naturais exigem
uma capacidade de resposta permanente e um conhecimento seguro das condições e
probabilidades da sua eclosão. Por isso, vamos desenvolver sistemas
preventivos, passivos e ativos, nos espaços urbanos mais sensíveis e definir um
conjunto de linhas de intervenção prioritárias para o reforço da área de
Proteção Civil e, também, uma área de intervenção municipal – todas elas
essenciais na garantia da segurança da população e na preservação dos seus
bens.
09.
Uma cidade turisticamente mais atractiva
A atratividade turística de uma
cidade depende da qualidade de vida que proporciona, de um ambiente acolhedor e
daquilo que a distingue de todas as outras. Por isso, uma política de promoção
turística não pode ser protagonizada apenas por uma estrutura parcelar.
Atravessa toda a política do município. Nessa medida, envolve muito do que já
se disse nos números anteriores.
É urgente alterar
a política de turismo municipal, diversificando a oferta disponível, ao mesmo
tempo que se consolida a imagem de uma cidade universitária que é um lugar de
excelência de produção académica, de inovação científica e tecnológica. É tempo
de libertar Coimbra de uma
estratégia de valorização passadista e repensá-la
criativamente como cidade histórica e moderna, cosmopolita e orientada para o
futuro.
Vamos apostar fortemente em ações de revitalização urbana, para que Coimbra
seja um município mais animado, mais acolhedor e mais atrativo, nomeadamente,
pela revivificação dos espaços públicos centrais da cidade.
10. Uma
autarquia gerida de forma rigorosa, transparente e inovadora
Uma equipa
determinada vai liderar a realização deste programa, coadjuvada pela
competência e dedicação dos trabalhadores
da autarquia, e beneficiando, por certo, da cooperação participativa dos cidadãos.
Queremos, por isso, protagonizar uma gestão
urbana de proximidade, com a
população e para a população. Isso implica o reforço da democracia
participativa, de modo a envolver crescentemente os cidadãos em decisões que,
comportando-a, envolvam escolhas estrategicamente relevantes e opções quanto a
despesas e receitas. Isto é, fomentaremos a participação efetiva dos cidadãos
na gestão municipal, numa lógica partilhada com a dos orçamentos
participativos.
A gestão
municipal será mais eficiente,
redesenhando a respetiva organização, inovando em métodos e procedimentos.
Serão aplicados novos modelos de gestão autárquica, recorrendo a tecnologias de
última geração, criando processos de atendimento de proximidade e descentralizando o acesso aos serviços
municipais.
No quadro desse compromisso, será reconhecida a
diversidade identitária de Coimbra, olhando-se para cada freguesia como única,
sem deixar de vê-la como igual a todas as outras, de modo a tornar a gestão de
todas elas mais eficiente, garantindo a todas igualdade de tratamento.
Na lógica deste tipo de governação autárquica,
procuraremos criar um ambiente fiscal
propício aos munícipes. Nesse sentido, serão estudadas as possibilidades
de, no contexto de um orçamento municipal já com grande peso de encargos fixos,
baixar os impostos, como o IMI, o IMT e as derramas camarárias, bem como
prescindir de metade da receita do IRS, a que o município por lei tem direito,
a favor dos cidadãos, aumentando desse modo o rendimento disponível das
famílias e empresas.
Assumimos assim uma modernização administrativa,
orientada para satisfazer as necessidades dos munícipes, das empresas
e das entidades de economia social,
para racionalizar a gestão. A qualidade da informação e do seu acesso são
estratégicos, quer para uma administração da Câmara rigorosa e transparente, quer para facilitar a
vida aos cidadãos, garantindo-lhes o acompanhamento
dos seus processos, sem perdas de tempo e sem deslocações desnecessários.
Marcadores:
autarquias,
Coimbra,
eleições,
Partido Socialista
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
VALORIZAR COIMBRA - 2
Continuando a difundir o programa eleitoral da candidatura socialista
ao município de Coimbra liderada por Manuel Machado , Valorizar
Coimbra, vou hoje chamar a atenção para alguns excertos seus que, a meu ver, identificam bem o essencial do que se pretende nos planos da cultura, da economia social e da saúde.
O objectivo é o de "Abrir Coimbra ao Futuro". Para isso: "Vamos percorrer, sob diversos ângulos, vários aspetos de uma cidade,
cientes de que todos eles são importantes."
01. Uma cidade da
cultura, das artes e do conhecimento
A UNESCO reconheceu a Universidade de Coimbra, a Alta e a Rua da Sofia
como Património Mundial da Humanidade. Impõe-se assim a abertura de um novo
espaço de intervenção da nossa autarquia. Em natural parceria com a Universidade, a Câmara Municipal tem um
importante papel a desempenhar na consolidação da prestigiante imagem de
Coimbra, agora mais fortemente projectada em todo o mundo.
Este novo impulso cultural, além de valer por si próprio, é um fator
relevante para o reforço do turismo, alavanca determinante para o
desenvolvimento económico de Coimbra. Para isso, há que robustecer o
protagonismo cultural da cidade, valorizando a memória das realizações passadas
e incentivando novas aventuras criativas. No teatro, na música, na literatura,
nas artes de imagem, nas artes plásticas e em todas as outras artes
performativas, Coimbra tem que ser acolhedora e estimulante. Será por isso
positivo que se estabeleçam parcerias com os criadores e agentes locais, para a
utilização sistemática dos espaços municipais, otimizando a sua gestão. E, neste
mesmo registo, considera-se justificado o estímulo a todas as indústrias
criativas.
Do mesmo modo, serão incentivadas as iniciativas populares no campo da
cultura, valorizando-as como dignificação da vida dos seus protagonistas e como
poderoso instrumento de formação e qualificação de novos públicos.
A um lugar de cultura nenhum conhecimento é estranho, pelo que Coimbra
tem que procurar estimular e absorver todos os conhecimentos resultantes de
toda a ciência que nela se cria, reforçando hábitos de reflexão e debate,
estruturantes de um pensamento crítico. Há que incentivar eventos que espelhem
todas as vertentes do saber, no plano literário, linguístico, artístico, do
pensamento científico e da filosofia.
Apostaremos, assim, no reposicionamento de Coimbra na agenda cultural
nacional e internacional, enquanto cidade do conhecimento, da criatividade e da
cultura. Nesse sentido, criaremos novas plataformas de apresentação do trabalho
artístico da região nos mercados internacionais e fomentaremos a colaboração
artística com os países de língua portuguesa. Daremos primazia à criação de
novos lugares de encontro entre criadores – de estéticas plurais e
proveniências diversificadas – e um público diverso, inter-geracional, com
diferentes origens.
02. Uma cidade
solidária, mais justa e inclusiva
A indiferença quanto ao bem-estar dos habitantes de uma cidade despe-a
de qualquer humanidade. Coimbra não comporta essa indiferença. Quer ser uma
cidade solidária, para poder ser mais justa e inclusiva. Daí que, no cerne da
nossa política, estejam inscritas a dignificação do trabalho, a promoção do
emprego e o combate à pobreza.
Não nos conformamos com a exclusão
social, apostando no reforço da ação social, quer no plano municipal, quer no
plano das freguesias.
Na área da Habitação Social, valorizaremos o trabalho de parceria com
as Entidades implantadas nos Bairros (Associações, Comissões de Moradores e
IPSS), procurando rentabilizar casas
devolutas, como resposta habitacional a cidadãos com dificuldades.
Mas é urgente ir ainda mais longe, fazendo repercutir no plano
autárquico a política de fomento da economia social que, no plano nacional, tem
vindo a expressar-se através de novas instâncias e de novas regras jurídicas. É
assim que, como medida concreta adequada à abertura de uma nova geração de
políticas autárquicas de fomento da economia social, se propõe a criação de um
Conselho Municipal para a Economia Social, capaz de projetar, no plano
municipal, aquilo que significa no plano nacional o Conselho Nacional para a
Economia Social. Poderá funcionar como instância política informal, como órgão
de consulta da Câmara Municipal, enquanto não for criada uma Lei-quadro dos
Conselhos Municipais para a Economia Social que o legalize. O seu âmbito corresponde
ao que está hoje consagrado na lei, abrangendo, nomeadamente, todas as
cooperativas, todas as IPSS, quase todas as fundações, vários tipos de
associações e as entidades gestoras dos baldios.
Será igualmente provável que a partir dos Conselhos Municipais para a
Economia Social se abra caminho a novas formas de cooperação e a novas
sinergias entre as entidades de economia social situadas em cada freguesia,
potenciando-se até, naturalmente, o envolvimento das correspondentes entidades
autárquicas nesses processos.
03. Uma cidade da
saúde
Coimbra afirmou-se como um polo importante na prestação de cuidados de
saúde. No que nos competir, vamos cooperar com vista à continuidade e ao
robustecimento dessa importância. Pugnaremos firmemente, ao lado dos nossos
munícipes, pela efetividade do seu direito à saúde, cientes de que só um
Serviço Nacional de Saúde de excelência o pode garantir.
Nesse sentido, sabendo como é decisivo garantir a elevada qualidade
dos cuidados de saúde prestados a todos aqueles que para isso nos procuram,
estamos disponíveis para uma cooperação sistemática com a Universidade de Coimbra e com instituições
de saúde, para ser potenciada a afirmação internacional dos seus institutos
e a difusão dos resultados dos seus projetos de investigação.
Esta
iniciativa não contende com a necessidade de se conhecer o perfil de saúde do
concelho, indispensável para se chegar a um verdadeiro Plano Municipal de Saúde, com uma afetação de recursos pactuada com
o poder central, à luz das aspirações dos cidadãos e dos seus direitos. Daremos
grande relevo à educação para a saúde e à promoção da saúde.
E se queremos ser uma cidade da saúde temos que procurar a excelência
no que diz respeito à higiene pública, nomeadamente, dando prioridade à
conclusão da rede de saneamento básico em todo o concelho e à limpeza dos
espaços públicos.
Para nós, as questões da saúde são centrais. De facto, estamos cientes
de que o SNS, uma das marcas identitárias do Partido Socialista, colocou
Portugal nos primeiros lugares mundiais dos principais indicadores de saúde. E
o que aqui for feito no campo da saúde terá repercussões relevantes muito para
além do concelho."
Marcadores:
autarquias,
Coimbra,
eleições,
Partido Socialista
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
A VOCAÇÃO ÚLTIMA DO PSD E DO CDS.
Este candidato do PSD e do CDS, com louvável sinceridade, exprime de um modo certeiro a vocação última dos partidos que atualmente nos governam: transformar o nosso país num imenso cemitério.
E, não duvidem, se os deixarmos é isso mesmo que farão!
VALORIZAR COIMBRA !
Valorizar Coimbra, é
ambição da candidatura do Partido Socialista à Câmara Municipal de Coimbra
encabeçada por Manuel Machado, a qual lidera um amplo leque de candidaturas a
todas as freguesias do concelho e à Assembleia Municipal de
Coimbra.
A ampla divulgação dos
seus aspetos mais relevantes, ao longo das últimas semanas, permite-me que aqui
apenas venha sublinhar alguns das partes do seu programa eleitoral ,
“Valorizar Coimbra” que se assume como uma estratégia nova e um compromisso de
futuro.
Vou desdobrá-lo em três
partes, publicando hoje a primeira.
O documento começa por
situar politicamente a candidatura: “Vamos liderar a Câmara Municipal de
Coimbra, na vigência de um governo de direita, cuja duração não está nas nossas
mãos. Dentro de uma Europa esquecida de si própria e do seu futuro, há em
Portugal um governo em vias de promover uma verdadeira regressão
civilizacional. Uma regressão que tem feito recuar a sociedade portuguesa para
patamares de injustiça degradantes, os quais configuram uma verdadeira
emergência social e ameaçam a coesão social, para além do que é comportável em
democracia.
Por isso,
os resultados destas eleições autárquicas significam muito mais do que o
habitual. Se o governo puder cantar vitória, a sua fúria predatória aumentará;
se for derrotado, sentir-se-á travado por uma verdadeira censura popular.
Em
Coimbra, um dos municípios nacionalmente mais emblemáticos, todos sabemos, com
base nas estimativas conhecidas, que ou será eleito como Presidente da Câmara o
candidato do governo ou o candidato do PS. Se ganhar o candidato do governo,
este irá usar essa vitória para nos agredir ainda mais. Se ganhar o candidato
do PS, a penalização política do governo será grande, podendo contribuir para
uma derrota nacional do governo que só poderá ser benéfica para todas as suas
vítimas. Por isso, há nestas eleições uma dimensão nacional que muito as
dramatiza e que nos dá uma vontade acrescida de as vencer.”
Segue-se
uma síntese introdutória que dá uma ideia geral do tipo de caminho que irá ser
percorrido na política autárquica pela
liderança socialista:
“ Coimbra é o nosso concelho. Tem como centro uma cidade lendária,
cuja universalidade foi reconhecida pela comunidade internacional. Assim, só
pode ter como desígnio um futuro digno do seu passado e enriquecedor da sua
identidade. Lugar de sucessivas juventudes, inconformadas e rebeldes, vai
aprender a gerar, cada vez melhor, um ambiente humanista e criativo.
Há de inscrever, por isso, no seu caminho o estimulante sonho de
ser, cada vez mais, uma cidade do conhecimento. Na verdade, só assim pode dar o
justo relevo ao facto de a sua imagem e a sua história estarem marcadas pela
Universidade de Coimbra. É, por isso, um município muito especial, que precisa
de valorizar o seu passado, caminhando com ousadia para o futuro.
Mas toda esta proximidade com os mais largos horizontes é fruto do
trabalho e da sabedoria das pessoas concretas que aqui viveram e vivem. Por
isso, encaramos o município de Coimbra como um processo de desenvolvimento
específico, ambiental e socialmente sustentável, bem afastado de qualquer
economicismo redutor. Integram o nosso projeto autárquico, quer o respeito pela
biodiversidade e pela perenidade dos recursos naturais, quer a solidariedade
social em todas as suas dimensões.
Como princípio ativo desse processo, valorizamos as suas
potencialidades como cidade atrativa. Para isso, pugnamos por uma mudança
profunda na sua atitude, quer para com os seus habitantes, quer para quem a
procura para nela estudar ou trabalhar, quer para com os visitantes. Do mesmo
modo, abriremos novas vias de captação de investimentos produtivos,
incentivando-os e acolhendo-os amigavelmente. Essa mudança criará condições
objetivas de estímulo à criatividade, ao talento e ao progresso do
conhecimento, quer no plano individual, quer no plano coletivo. Paralelamente,
incentivaremos os investimentos que melhor se coadunem com o nosso horizonte
estratégico, sem prejuízo de uma nova aposta nos investimentos éticos e solidários.
Só assim se estimulará um maior afluxo de juventude a Coimbra. Simetricamente,
criaremos novas condições, para que a população sénior altamente qualificada
que aqui vive interaja com a juventude numa sinergia sistemática, humanizante e
fecunda.
A cidade acolhedora por que almejamos só o poderá ser
verdadeiramente se assumir uma lógica efetivamente participativa que envolva os
munícipes, como protagonistas ativos de um processo de desenvolvimento
sustentável.
Mas esse processo não é uma aventura isolada. Pelo contrário,
contamos com as vizinhanças geradoras de parcerias solidárias, materializadas
em interações qualificantes, assentes na cooperação intermunicipal. E achamos
positivo que o nosso município seja um parceiro ativo, em redes sucessivamente
mais amplas. Desde os concelhos mais próximos até às cidades mais distantes
situadas no centro do país, desde as cidades geminadas até quaisquer outras que
connosco partilhem características ou desígnios, na região centro, na Europa ou
no mundo, a todos daremos atenção, apostando em redes de cooperação, geradoras
de um cosmopolitismo compatível com aquilo que somos.
Como qualquer outro município, não somos uma ilha fechada que
escape ao cerco insalubre do actual governo. Um governo apostado em levar até
ao extremo do desastre a sua agenda neoliberal, que castiga o povo, despreza os
cidadãos, acentua as desigualdades, confisca o futuro, esquece a justiça,
caminhando para um retrocesso civilizacional, insuportável e negro. Sofrendo o
cerco e o garrote deste poder central, não nos conformamos com ele. Queremos
ser um foco de resistência a essa deriva, ocupando no aparelho de Estado o
lugar institucional que a Constituição nos garante, ao lado dos que aqui vivem.
Para tão exaltante empreendimento, esta candidatura conta com uma
equipa de cidadãos com competências diversificadas e reconhecidas, há muito
civicamente despertos, tecnicamente preparados e politicamente determinados a
lutar por um concelho e uma cidade que correspondam às aspirações dos
munícipes. E isso só poderá acontecer se abrirmos caminho à felicidade dos
cidadãos, o que pressupõe uma cidade mais justa e acolhedora."
Marcadores:
autarquias,
Coimbra,
eleições,
Partido Socialista
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
DOIS POETAS DESPEDEM-SE
Dois poetas saíram da vida. Um português: António Ramos Rosa. Outro colombiano: Álvaro Mutis. Caminham agora no bosque das palavras, talvez ouvindo ao vivo o novo som das musas. Talvez descansando da agitação das sílabas que tanto os possuíram. Vamos homenageá-los, recordando de António Ramos Rosa , "Não posso adiar o amor para outro século"; de Álvaro Mutis, "Nocturno", numa tradução de Nuno Júdice.
Não posso adiar o amor para outro século
Nocturno
Marcadores:
Álvaro Mutis,
António Ramos Rosa,
poesia
OLHAR PARA AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS
1. As eleições autárquicas aproximam-se. Vão ser uma importante prova de fogo para o atual governo. Se ele encontrar um ângulo de análise dos resultados que traduza algo de positivo para os partidos que o apoiam, vai usar o seu poder mediático para o tornar no único relevante. Mas a frágil expressão municipal do CDS faz com que o PSD seja o fator decisivo no êxito ou no fracasso do governo. Contudo esta proeminência não deve fazer esquecer que os dois partidos do Governo vão coligados em muitos municípios, o que, uma vez que quase todas as coligações são encabeçadas pelo PSD, vai fazer com que este tenha provavelmente mais presidências de câmara do que aquelas que teria se concorresse sempre sozinho.
Naturalmente que as modificações no xadrez político, suscitadas por estas eleições também se vão repercutir nas oposições. O BE, condicionado pela sua inexpressiva implantação autárquica, diluiu-se em listas de independentes nalguns concelhos importantes, como é pelo menos o caso de Coimbra e de Braga. Fará certamente o balanço dos seus resultados, tendo em conta as duas vias que utilizou. Tudo indica que não conquistará qualquer nova presidência de câmara, faltando saber se conserva a única que já teve. Pode ostentar como êxitos o número de votos conseguidos e o número de eleitos, se for caso disso, mas o seu peso político nos resultados vai depender da medida em que contribua para que o PS perca presidências de câmara em benefício da direita.
O PCP vai procurar manter a sua implantação autárquica no Alentejo e na Grande Lisboa, sem deixar de tentar recuperar câmaras emblemáticas, antes perdidas para o PS, como é o caso de Beja e de Évora. O seu êxito vai medir-se pelo número e pela importância das presidências de câmaras conquistadas e perdidas. Se isso lhe convier, destacará também o número de votos obtido e o número de mandatos autárquicos. Provavelmente, o seu eventual êxito penalizará mais o PS do que o governo, no que diz respeito às presidências conquistadas.
O PS terá uma vitória expressiva se conquistar a presidência da Associação Nacional de Municípios. Dada a geografia eleitoral portuguesa e as coligações de direita existentes é uma vitória muito difícil para o PS, que aliás até já venceu politicamente as eleições autárquicas sem conseguir atingir esse patamar. Por isso, para o PS será uma vitória política a obtenção do maior número de votos, desde que vença num conjunto significativo de câmaras importantes. A imagem deste conjunto é uma imagem política e não estatística, mas poderíamos com alguma propriedade valorizar o conjunto das capitais de distrito e dos municípios com mais de cem mil habitantes.
2. Neste contexto, para o governo está principalmente em causa o número de presidências que o PSD conquiste. Num segundo plano, o PSD valorizará também a sua relação de forças com o PS. Uma derrota conjugada com um bom resultado do PS será pior para o PSD do que se for acompanhado por um mau resultado do PS. Hipótese aliás pouco provável, por implicar que no mesmo dia os eleitores punissem o PS numa parte do país e o premiassem na outra.
Note-se, que esse improvável comportamento eleitoral só poderia ter lugar em cerca de meia centena de municípios do Alentejo e da grande Lisboa. No resto do país, excluídos dois ou três casos de listas de independentes com hipóteses de disputar a vitória, só o PS ou o PSD (sozinho ou coligado) podem ganhar a presidência da câmara.
Por isso, em todos estes casos, um resultado eleitoral desagradável para os partidos do governo não o pode ser para o PS. Para desagradar ao PS, por perder presidências de câmara, tem que agradar ao governo, uma vez que, se o PS as perder, serão os partidos do governo quem as ganhará.
3. O PCP e o BE, com registos diversificados e intensidades variadas, têm apostado na ideia de que há que votar contra o governo e contra o PS. No atual mapa político português, como resulta do que atrás escrevi, esse é um caminho impossível. Os partidos do governo só serão vencidos, em termos de presidências de câmara conquistadas, à custa de uma vitória do PS; e o PS só será derrotado nesse plano à custa de uma vitória dos partidos do governo. Ignorar isto é ignorar a realidade. O que faz com que a luta do PCP e do BE contra o governo, nesta campanha eleitoral, esteja enredada numa contradição: ao colocarem o PS e o atual governo dentro do mesmo saco, anulam parte da energia que põem nos ataques ao governo; ao usarem esse ângulo de combate estão a neutralizar à partida uma parte dos efeitos que poderiam produzir se atacassem o governo, separando-o do PS.
Isto não é uma novidade. É um passo mais num caminho há muito trilhado. O senso comum já compreendeu que não haverá nenhuma alternativa de governo em Portugal aos governos de direita, excluindo-se o PS. Não creio que as direções do PCP e do BE o ignorem, mas aceito que não tenham ainda encontrado um modo não muito doloroso de procederem a essa dramática conversão estratégica. Vão oscilando entre um mirífico governo de esquerda sem o PS e um velho sonho de mais de quarenta anos de dividir o PS em duas partes, uma das quais se lhes juntaria. Duas hipóteses suficientemente improváveis para não poderem servir de base a uma estratégia verosímil.
Não quero com isto dizer que o PS nunca contribuiu, para dificultar uma conjugação de forças à esquerda, mas nesta campanha não há dúvida que tem concentrado nos partidos do governo o seu poder de fogo. Quanto às outras oposições, apenas tem respondido a alguns dos ataques recebidos; e, mesmo assim, esporádica e comedidamente.
Por outro lado, para além da conjugação das esquerdas, só ele dentro da esquerda pode tentar repetir uma maioria absoluta no plano parlamentar, embora seja visível a grande dificuldade que isso comporta. Todavia, uma maior capacidade cooperativa no seio das esquerdas continua a ser um elemento da maior relevância para atenuar as sequelas do cerco a que qualquer governo de esquerda está sujeito num contexto capitalista. Disto, é irrealista fugir-se.
Já se vê assim que o combate do PCP e do BE contra o PS nestas eleições agrava um dos mais poderosos fatores de fragilidade da resistência popular à deriva neoliberal. Se esse combate fosse um aspeto de uma estratégia insurrecional que usasse as disputas eleitorais institucionais, apenas para reforçar politicamente as forças disponíveis para uma insurreição, eu estaria contra essa estratégia, mas compreenderia a sua lógica. Mas renunciar à via insurreccional conservando os métodos, as atitudes, as avaliações e as crispações que lhe corresponderiam é que me parece incongruente.
4. De facto, dizer que a direita e o PS são a mesma coisa, ou, não o dizendo, tratá-los politicamente como se o fossem, é dar à direita um imerecido descanso e alienar uma área política sem a qual não se vislumbra como provável uma vitória eleitoral de qualquer bloco político que se oponha à direita. Mas dizê-lo em Portugal na vigência deste governo roça o absurdo, de tal modo ele se apurou a agravar tudo o que de desagradável possa ter resultado do anterior; e de tal modo inovou nas agressões aos cidadãos e se excedeu no aprofundar da desigualdade. Na verdade, só por puro sectarismo se não admite que o atual governo é qualitativamente diferente do anterior, para muito pior.
O combate ao neoliberalismo é uma luta política global. Tudo o que divida, enfraqueça, ou crispe entre si as áreas político-sociais por ele mais agredidas e por isso mais vocacionadas para o combaterem, é uma preciosa ajuda para os seus “cães de guarda”. Desse modo, em todos os combates políticos, por mais circunscritos que sejam, é importante, não só o que em cada um deles estiver em causa, mas também o que ele significa como parte do combate global. As próximas eleições autárquicas não fogem a essa regra.
Para concluir, vale a pena lembrar que em plena ascensão do nazismo alemão, com razões alegadamente fortíssimas, o Partido Comunista Alemão adotou uma palavra de ordem, clara e enérgica: “enterrar o nazismo sobre o cadáver da social-democracia”. Atuaram em conformidade e o resultado é conhecido: os nazis enterraram os comunistas e os sociais-democratas.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
SOLIDARIEDADE EUROPEIA
Duas observações:1) os nossos empresários capitalistas merecem bem que lhes baixem os impostos pelo patriotismo que os seus actos mostram tão bem; 2 ) as nossas empresas merecem bem que lhes baixem os impostos para contribuírem para o progresso de economia holandesa.
Pergunta inconveniente: que estranho mecanismo é este que leva a que as regras europeias permitam que os países ricos do norte, como a Holanda, suguem os países pobres do sul, como Portugal ?
Subscrever:
Mensagens (Atom)