segunda-feira, 22 de abril de 2013

A REMODELAÇÃO SEM FIM - ocultação ou comédia?

Acabo de ler na página virtual do Diário de Notícias o texto que a seguir transcrevo:

"A saída dos secretários de Estado da Defesa e da Administração Interna estará relacionada com perdas de quase mil milhões de euros nos transportes públicos do Porto.
A auditoria que a Inspeção-Geral das Finanças (IGF) tem em curso às empresas públicas que efetuaram financiamentos de alto risco, causando um "buraco" de quase três mil milhões de euros, fez duas vítimas no Governo de Pedro Passos Coelho. Uma foi o secretário de Estado da Defesa, cuja substituição por Berta Cabral foi ontem anunciada. Outra foi a do secretário de Estado adjunto da Administração Interna, cuja saída não foi ainda confirmada oficialmente mas é dada como certa ao DN por várias fontes do Governo.
Em comum, Braga Lino e Juvenal Peneda têm a sua responsabilidade na gestão da empresa Metro Porto, na qual a IGF estima perdas potenciais de cerca de 800 milhões de euros em financiamentos de risco, em 15 contratos efetuados, no valor de 1,5 mil milhões de euros."

Agora compreendo melhor o alcance da remodelação "relvis causa" , que alguns consideraram gravemente como uma oportunidade perdida, outros qualificaram liquidamente como sendo "às pinguinhas". Afinal, ela teve muito mais de sorrateiro do que aquilo que pareceu. Mais do que uma simples remodelação, foi uma ocultação. Uma ocultação de alguns sinais exteriores que evidenciavam com demasiada nitidez a natureza última dos interesses ao serviço dos quais este Governo se esforça por estar.

Posso assim entender que na conturbada confusão de uma remodelação que de si própria se escondeu, alguém tenha estendido a confusão até ao ponto de ter pensado que era uma credencial sólida para encarregar alguém de uma tarefa governamental no Ministério da Defesa o facto de uma determinada senhora ser tida no ambiente laranja como uma "mulher de armas". Dizem que o sagaz Ministro Branco achou a ideia um verdadeiro tiro no porta-aviões. Oxalá que o irrequieto ministro não se convença de que está a jogar á "batalha naval".

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