sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Para a história do Partido Socialista, em Coimbra

Estamos em plenos anos setenta do século XX. O 25 de Abril tinha acabado de acontecer. Viviam-se os anos agitados da transição. Embora eu seja socialista desde que tive identidade política, na época ainda não aderira ao PS.

Os anos correram e tanto tempo depois, mesmo a trivialidade quotidiana, mesmo as vivências partidárias mais banais, parecem adquirir uma espessura histórica.

Descobri entre velhos papéis estas fotografias. Não me recordo como me chegaram ás mãos. Partilhá-las com camaradas, com amigos ou com quem simplesmente goste de as ver, pareceu-me adequado.

Se algum dos visitantes deste blog, identificar em qualquer fotografia alguém que não seja mencionado, ou souber corrigir algum erro que eu tenha involuntariamente cometido nas identificações, o seu contributo será bem-vindo.



Algum tempo depois, François Miterrand viria a ser eleito Presedente da República Francesa. Mas esta fotografia mostra-o, ainda nos anos setenta, em Coimbra, em pleno Jardim da Manga. Atrás, segue-o um grupo de socialistas. Identifico Mário Soares e (penso eu que, também) António Arnaut.





Mesa do que parece ser um Comício do Partido Socialista, em Coimbra. Identifico da esquerda para direita: Henrique Fernandes, Mário Soares, Miguel Torga, Manuel Alegre, Romero Magalhães e José Ferreira Fresco.



Vai começar um comício do PS. Agitam-se os bastidores. António Armaut fuma. Carlos Candal observa. O velho tarrafalista Teixeira está atento e encobre uma parte do rosto de Clara Rocha. Quase de costas, Mário Soares fala com Paulo Quintela.
Provavelmente em campanha eleitoral: "Soares amigo, o povo está contigo!"

3 comentários:

Anónimo disse...

Quem acompanhou este Partido Socialista não sentirá um pouquito de vergonha agora?

Anónimo disse...

Nem nos caiu em cima o muro de Berlim, nem invadimos o Iraque.

Não fomos carcereiros em Auschwitz, nem nos "goulags"; não fomos priores do Santo Ofício para abençoar fogueiras.

Não fizemos parte do séquito do Salazar.

Portanto, do passado temos muito menos de que nos envergonhar do que muitos dos outros.

Quanto ao presente:não somos perfeitos, mas os que se tiverem mostrado como melhores que atirem a primeira pedra.

E duma coisa podem estar certo: só exerceremos os poderes que o povo português democraticamente nos der.

Anónimo disse...

Sou a neta do senhor Jose Ferreira Fresco, é uma honra saber que o meu avô aparece num blog !