UM COELHO EM EBULIÇÃO
Como qualquer Coelho que se preze Passos Coelho tirou-se , a
si próprio, da cartola, desabençoando
intensamente António Costa.
Diria mais: mordendo forte e incivilizadamente as canelas do seu antigo adversário político.
E a dentada foi tão intensa que o seu admirador confesso e
antigo súbdito André Ventura viu-se ingressado na categoria dos “Há piores do
que ele”. Apressou-se, aliás, a mostrar que essa descida no ranking dos
insuportáveis não o tinha deixado triste.
Pelo contrário, tinha-o iluminado na escolha do primeiro ministro
do PSD de que mais gostaria, qual o líder do PSD que mais facilmente o domesticaria,
qual o chefe laranja que engolirá mais
facilmente.
O cerco de Montenegro a si próprio foi reforçado por um
irrequieto Coelho que o farpeou sem piedade. Na sua emaranhada desfilada, foi
tempo de uma pequena dança de regozijo de André Ventura.
Perdida na sua campanha
malabarística, a direita pergunta-se: Afinal,
quem devora quem?
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