A
DIREITA EM DELÌRIO
A oposição de direita nas suas várias declinações,
num registo agressivo afinado pelo diapasão do Chega, demoniza sofregamente o
PS, cobrindo-o de depreciações e insultos.
Com a sofreguidão de poder aguçada pelas
circunstâncias infaustas que têm vindo a cercar o PS, rebenta as escalas de
todos os exageros. A comunicação social, num orfeão pífio de comentadores e
jornalistas captados pela direita e excitados contra o PS e o Governo, embrulha
a campanha da direita numa aura de legitimidade e de objectividade imerecidas
que escandaliza.
Ainda recentemente um reputado Prémio Nobel da
Economia (2008), Paul Krugman,
numa entrevista a um jornal português, teceu rasgados elogios à política
económica seguida por Portugal nos últimos anos, o que é impossível de não
levar a crédito do PS e do seu Governo. Algo que contraria expressivamente a
algaraviada pessimista da oposição de direita e dos seus acólitos. As
instâncias da União Europeia elogiaram também recentemente a política financeira
portuguesa, em clara oposição aos megafones que fazem a direita ecoar na nossa
praça.
Os inquietos expoentes das várias declinações da
direita em Portugal dão da governação do PS que se aproxima do seu termos uma
imagem devastadora. Regougam dislates como se fossem arcanjos de um rigor
certeiro e implacável que resumam todos os malefícios possíveis da política de
um governo naquilo que o PS fez. Insultam assim tacitamente o eleitorado que
sucessivamente alcandorou o PS às vitórias como se ele fosse uma a legião de
tontos que se deixou endrominar pela matreirice dos socialistas.
Apoplécticos contestam as consequências do tipo de organização
económico-social de que são sequazes como se tivesse sido o PS que a inventou.
Defendem incondicionalmente o capitalismo e atacam ferozmente as suas mais
nítidas consequências. Pugnam na prática pela manutenção da espinha dorsal das desigualdades
sociais como sinal estratégico da sua política, trovejando impropérios contra o
PS como se tivesse sido ele a inventá-la. De facto, só lhes é possível fazer
política escondendo o que realmente são com homilias angélicas que os falsifiquem.
As várias declinações da direita em Portugal sentem-se
irresistivelmente atraídas pela atmosfera queirosiana que os leva a colocar: “Sobre
a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia" .
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