Acabo de ver imagens na televisão da parte final das
campanhas para as primárias no PS.
Comparo duas das imagens que vi. António José Seguro
foi interpelado em Gaia, sozinho. António Costa foi interpelado no Porto, mas entre os
poucos rostos focados bem juntinhos ao dele como pano de fundo, foi bem sublinhada
a presença de Guilherme
Pinto , eleito em 2013 para a Câmara de Matosinhos numa lista
que combateu e venceu a lista autárquica do PS.
Há aqui todo um simbolismo que dá que pensar. Será que
na esteira de uma hipotética vitória de António Costa seria
concedido a todos os militantes o direito de apresentarem listas de alternativa
às do PS nas próximas eleições autárquicas?
12 comentários:
Caso para perguntar o que é que aconteceu nos munícipios em que o PS perdeu para "ex" PS's? Será que foi falta de "habilidade partidária" da liderança ou de como não saber ler os sinais?
Engraçado. Dar que pensar a mim, é ver p. ex. João Cordeiro, aquele fantástico senhor das farmácias, sempre ao lado de Seguro, que o escolheu, corajosamente, para candidato do PS à Câmara de Cascais!
Eu, perante esse facto, não estranho absolutamente nada! Acho que, tal como acontece em outros locais (Coimbra, põe exemplo) muitos militantes e simpatizantes do PS , não se reviram na estratégia desastrosa do "aparelho" nas autárquicas e integraram lmovimentos independentes do PS. Agora encaram a candidatura do Costa como um regresso aos princípios orientadores do verdadeiro PS .
Procurando dialogar com os vários comentadores, começo por afirmar a minha disponibilidade para noutra oportunidade discutir os méritos e deméritos da decisão dos órgãos legítimos do PS quanto a Coimbra que levaram ao "desastre" de termos recuperado a presidência de uma Câmara há muito perdida , bem como ao facto de ter sido trazida para Coimbra a presidência da Associação Nacional de Municípios, o que nunca houvera ocorrido desde o 25 de Abril. Associo-me plenamente ao juízo negativo sobre a escolha de JC para representar o PS em Cascais. Não sustento que a escolha dos candidatos do PS nas últimas autárquicas foi um processo sem erros, mas constato que eles não impediram de termos a maior vitória autárquica desde o 25 de abril. Seja como for o que pretendi dizer através da minha mensagem não tem a ver com essas questões. Apenas me parece que dar um destaque ostensivo á presença de Guilherme Pinto entre o bloco dos seus apoiantes não pode deixar de conter uma mensagem: promover uma candidatura em concorrência e à revelia do PS não é uma atitude censurável, mas pelo contrário um acto meritório. Ora, se assim é e na hipótese de o AC, como pretende, vir a liderar o PS isso só pode signigficar que passarão a ser admitidas com naturalidade, quiçá estatutariamente,candidaturas de militantes do PS contra ás que os órgãos do Partido apresentarem. Isso , que eu saiba, não foi até agora assumido pelo AC. Era bom que o fosse e que fosse explicado.
A mim os personagens não me interessam. O importante é o método. As candidaturas ao virar da esquina chateiam-me.
assim se ve a força do PS
muito colorido, m só lhe faz é mal. como estas e outras primarias á americanitas muitas caras, muitas tendencias e muitos rostos. e ainda bem|
achamos nós que o multifazismo no PS ao multifacetismo que criou...não lhe fica bem como um partido de esquerda.
o PS tem aquilo que quis, não pode fugir.não há nada a fazer, e é pena...
Primárias á americana ? Isso não é uma opinião, é desconhecimento. As primárias no PS, que são defendidas no PS há uns bons dez anos, estão em convergência com as experiências do PT no Brasil, com as do PD em Itália e com as do PSF em França. Estão longe da tradição americana, que aliás é diversificada.
Mantendo o espírito de partilha. Estranho as duvidas do RN no post.
- No Manifesto defende-se a escolha em eleições primarias de todos os candidatos a apresentar pelo PS (ponto 6.1). Se de forma atabalhoada se fez para PM, pq. não defender a generalização? Se assim tivesse sido, em Matosinhos, não haveria candidatura à revelia do PS.
- Em Coimbra, talvez mal informado, sinto que não há transparência. Mal de que tbem. padece a Oposição.
Não costumo comentar aqui, mas neste caso não resisto. Não vejo qual é o problema de um autarca, mesmo não eleito pelo PS, apoiar AC. Sobre o significado de aparecer ao lado de AC, não se pode, quanto a mim, tirar qualquer ilação. O que está em causa nestas eleições´, quanto a mim, transcende questões internas ou certo tipo de lealdades. Aliás, em relação a isso, haveria muito a dizer de AJS.
Não é um simples autarca não eleito pelo PS. É um ex-presidente da Câmara de um dos maiores municípios do país antes eleito pelo PS,ex-dirigente nacional e um dos mais destacados dirigentes da Federação do Porto, que não tendo sido escolhido como candidato pelos órgãos que têm essa competência estatutária saiu do Partido para se candidatar contra a lista do PS em Matosinhos.E assim nos levou à primeira derrota autárquica nesse município desde o 25 de abril. E ele não apareceu por acso junto de AC, foi ostensivamente destacado como acontece em vários casos semelhantes em circunstãcias próximas. Este gesto de AC, portanto,ou é fruto de uma pulsão eleitoralista precipitada, ou é um sinal de que se ganhar aceitará, como legítimos, comportamentos idênticos ao de Guilherme Pinto. Se for esta segunda hipótese que se verifica, posso discordar dela , mas não a considero eticamente censurável. Mas não há sinais que tornem inequívoco que assim é.
Respondendo agora ao comentário anterior, apenas sublinho que sou a favor de primárias há dez anos. O sistema só agora foi iniciado, pelo que não faz sentido comentar o que ocorreu neste ou naquele caso, à luz do que poderia ter acontecido se este sistema já estivesse em vigor.
A Cesar o que é de Cesar!
É hoje o dia que definirá o próximo S.Geral do PS que não o 1º Ministro.
Assim quiseram os socialista e "Próximos" do PS.
A Deus o que é de Deus.
Mais além o POVÃO RECOLHERÁ E DEIXARÁ PARA AS ORTIGAS O QUE DELAS FOR.
isto MEU CARO, é outro tipo de democracia, já velhinha como a do Liberalismo.
Permita-me que lhe diga aqui no seu sitio que a defesa de primárias como o faz e os exemplos de argumento que apresenta só ilustram a fraqueza dos socialista europeus...
Ora nós precisamos de um PS forte, firme e inflexível nas suas praticas e atitudes!
Já aqui disse que não votarei em qualquer dos candidatos aceites
por isso mesmo deixarei de comentar sobre este assunto
De o "Catraio" com respeito
O que vai acontecer no PS daqui para a frente é imprevisível , mas não tenhamos ilusões.
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