É preciso determinar com especificação púbica quem foi o imbecil
que fez juntar o nome de Portugal ao
lamentável episódio internacional de servilismo aos USA, dirigido contra o Presidente
da República da Bolívia.
Não está em causa a consistência das motivações
invocadas, evidentemente fúteis e alheias ao interesse nacional, dado
que são inequivocamente insuficientes para justificarem a proibição de sobrevoo
de Portugal pelo avião presidencial
boliviano. Esconder o servilismo político em face dos USA numa alegação de
vagas e indetetáveis “razões técnicas” é apenas um agravamento da rasteirice cometida,
pelo cobardia política que revela.
Sendo uma das raras áreas da politica externa portuguesa que o governo PSD/CDS não destroçou , a valorização da amizade
ibero-americana, especialmente importante na atual conjuntura de crise, foi
varrida num momento de excesso de zelo gratuito e idiota. É uma metáfora
sugestiva da ligeireza política “portocoelhista” que tem assombrado Portugal.
Que tudo isso tenha sucedido à notícia de que os USA
espiavam a União Europeia é apenas um
acréscimo de ridículo.
Que um governo francês de esquerda tenha alinhado no dislate em causa é mais um motivo de
melancolia.
Ficamos com vontade de dizer: sejam gente ! Dêem pelo menos a impressão de alguma verticalidade.
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