Primeiro, revela não ter havido pejo em se recusar o cumprimento de uma obrigação já assumida. Assumida por um Governo anterior, é certo, mas no exercício das suas competências. Incumprimento esse revelado tarde e a más horas, apesar de representar uma agressão clara às esferas jurídicas privadas de muitos cidadãos.
Segundo, o Ministro teve a lata de vir dizer que nem tinha realmente retirado prémios , já que apenas iria fazer com com que os premiados os tivessem que oferecer às respectivas escolas. Ou seja, o Ministro Crato dá prendas com dinheiro alheio, ao subsidiar iniciativas de algumas escolas, não com financiamentos saídos do orçamento do seu ministério , mas com o dinheiro dos prémios atribuídos aos alunos, que dele foram esbulhados pelo inacreditável descaramento do ministro.
Perante tal pilhagem, apenas é legítimo que se duvide se estamos afinal perante uma recaída de Crato na atmosfera rude da revolução cultural chinesa ou perante uma imitação ingénua e compulsiva do avesso de um "robin dos bosques".
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