Por várias vezes, para comemorar o 5 de
Outubro de 1910, transcrevi neste mesmo blog um poema da minha autoria,
publicado no livro "Nenhum lugar e
sempre"(2003). Repito-o numa homenagem idêntica.
República
És a estátua do vento e das palavras
que inventamos ousadas e inteiras.
Foste penhor secreto de uma voz
desvendada em todos os caminhos.
Deusa das ruas e de muitas praças,
és um ofício, paciente e puro.
Olhaste além de nós, além do medo
e foste além de todas as fronteiras.
Há uma lenda inscrita no teu rosto:
República
És a estátua do vento e das palavras
que inventamos ousadas e inteiras.
Foste penhor secreto de uma voz
desvendada em todos os caminhos.
Deusa das ruas e de muitas praças,
és um ofício, paciente e puro.
Olhaste além de nós, além do medo
e foste além de todas as fronteiras.
Há uma lenda inscrita no teu rosto:
és sonho esculpido em aventura.
Suavemente, guardas este povo,
num gesto de ternura, em tuas mãos.
E alguém deixou abertos no teu rosto
os traços fugidios da liberdade.
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