Um
grego a quem chamaram filósofo e a quem puseram uma questão, cuja resposta não
era fácil, sobre qual seria, entre dois possíveis, o remédio mais aconselhável,
pensou durante alguns minutos e com prudência foi dizendo:
“Um
dos remédios de que me falas parece ter um forte efeito imediato, garantindo o
desaparecimento da febre, mas mostrando-se fraco como antídoto da doença. O
outro parece mais fraco no combate à febre, mas se a enfrentar com êxito mostra-se
mais forte no combate à doença”.
É
assim a vida. Muitas vezes quando temos um problema em duas etapas temos que superar
a primeira de modo a que fiquemos em boas condições de vencer a segunda, porque
se não vencermos a segunda de nada vale ter vencido a primeira.
Por
isso é que neste tipo de situações o modo como se passa a primeira prova é um
factor determinante na decisão da segunda. Por isso é que muitas vezes os que
se esgotam ou atropelam as boas regras na superação da primeira perdem quase
sempre qualquer hipótese de êxito na segunda.
Isto
para não falar da hipótese mais remota de se ser tão sôfrego na busca da
superação da primeira barreira que logo se esbarra nela.
Mas
pensando bem, se calhar, tudo isto são coisas de filósofos que não interessam
para nada. Talvez.