Foi-lhe atribuído o papel de protagonista impoluto, a ele um pré-cavaquista
que já liderou o PSD. Naquele jardim relvado, cheio de portas, portinhas e
portinholas, deveria ser o ministro grave que faria esquecer os álvaros e os
alvaríssimo, a tempestade albuquérquica e todas as outras sombras de gaspar que
teimassem em persistir. Passearia pelos corredores solenes da Europa a sua
patine americana, adquirida na Fundação adequada. Deixaria escapar subtilmente a sua
pertença a um governo do bloco central, na penumbra dos últimos tempos do
século passado. Enfim, por entre as prováveis traquinices da miudagem,
passearia agora um senhor.
Mas, apesar das suas sombras, a luz crua do mediatismo não foge de algumas
virtudes. Rapidamente, lançou o odor ácido da sua “podridão” sobre as
navegações financeiras do vulto.
Alegou-se, num primeiro momento, uma vaga inocência, pontuada de altaneiros
silêncios e refugiada na penumbra discreta do mundo dos negócios. Mas o demónio
dos factos incómodos regressou no bojo da
referida ”podridão” tão incrivelmente apostada em divulgar acontecimentos pouco
recomendáveis.
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