terça-feira, 7 de janeiro de 2020

UMA DISTINÇÃO RELEVANTE




Mais uma justa distinção a recair no Professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Álvaro Garrido, membro do Centro de Estudos Cooperativos e da Economia Social dessa Faculdade (CECES/FEUC) e um dos professores da Pós-Graduação em Economia Social aí  prelecionada.

2. Nos termos de uma nota informativa que acompanha a notícia.
“O livro “A Economia Social em Movimento – Uma História das Organizações”, da autoria de Álvaro Garrido e David Pereira, foi distinguido com o Prémio António Dornelas do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
O prémio, com periodicidade anual, foi criado em 2017 para assinalar o centenário do Ministério e tem como principal objetivo distinguir trabalhos académicos e não só dedicados a temas de política social, combate à pobreza e exclusão social.
A obra, editada pela Tinta da China em 2018, incide sobre a época contemporânea e centra-se no espaço europeu e no contexto português de institucionalização da Economia Social, explica a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC).
O prémio António Dornelas “constitui um forte incentivo aos estudos sobre temas de Economia Social e Solidária, área em que a FEUC tem uma reconhecida tradição em termos de ensino e de investigação”, acrescenta nota da faculdade.”
 3.  Na mesma Nota Informativa são feitos alguns comentários ao conteúdo da obra premiada. Ei-los:
“Existem cooperativas, mutualidades, misericórdias, casas do povo e até grupos excursionistas, alguns desde a monarquia, mas como é que chegaram até aqui? O Estado Novo atacou o associativismo, mas com que consequências? E, do 25 de Abril até agora, que papel assumiram todos estes organismos na sociedade portuguesa? Com o objetivo de responder a perguntas assim, A Economia Social em Movimento olha para estas organizações nos terrenos onde actuam, analisando as suas relações institucionais e jurídicas, sem ignorar tensões e ingerências ideológicas partidárias, para tentar encontrar a raiz identitária que as pode unir e fortalecer.
Depois do sucesso de Uma História da Economia Social, que fixou pela primeira vez a história da Economia Social em Portugal, este livro dá continuidade a esse trabalho que estava por fazer na historiografia nacional, mudando o foco do curso das ideias para se centrar nas organizações que compõem este sector no nosso país.” [Marta Costa (com FEUC)]

domingo, 5 de janeiro de 2020

VOX ressuscita os Filipes e revela os miguéis de vasconcelos




Os fascistas espanhóis do VOX assumiram a reencarnação dos Filipes e afixaram a sua ambição de anexar Portugal, mais uma vez. Revelaram-se desse modo como escumalha política, ressonâncias tardias de tempos passados. Mas não como uma escumalha qualquer. Uma escumalha arcaicamente estúpida.

Ficamos agora a saber que os portugueses que sigam esses fascistas do VOX assumem pelo seu lado a reencarnação do miguel de vasconcelos. É um patriotismo castelhano.

Curioso como essa canalha do VOX que dificulta a convivência das nações congregadas na Espanha atual, se atreve a bolsar os seus dislates sobre nós.

sábado, 4 de janeiro de 2020

Ainda a conspiração contra o Papa Francisco



Ainda a conspiração contra o Papa Francisco
A mesma fonte da mensagem anterior conduziu-me a tomar conhecimento de um outro texto sobre o tema da conspiração contra o atual Papa centrada nos USA.
É um texto de Eduardo Febbro, correspondente em França do jornal argentino Página 12, publicado na Carta Maior de 17/09/2019, que funciona como introdução a uma entrevista ao jornalista francês Nicolas Senèze, correspondente do diário católico La Croix, em Roma, publicada inicialmente no Página/12.
Eis o texto acima referido:
 “Para mim, é uma honra que os norte-americanos me ataquem”, disse o Papa Francisco quando o jornalista francês Nicolas Senèze, correspondente do diário católico La Croix em Roma, mostrou a ele o livro-reportagem sobre o complô estadunidense contra o seu papado, durante a viagem de avião que os levou a Moçambique. O título da obra é “Como a América atua para substituir o Papa” (o título original é “Comment l’Amérique veut changer de Pape”).
Os detalhes desse complô e os nomes dos protagonistas e dos grupos envolvidos estão claramente expostos nas páginas do livro, que descrevem, desde o seu início, a mecânica da hostilidade contra o papado atual. O operativo tem até o nome de “Relatório Chapéu Vermelho” (“The Red Hat Report”). Um círculo preciso que move dinheiro e influência e é organizado pelos setores ultraconservadores e de mega milionários dos Estados Unidos. As peças deste jogo de calúnias e poder se encaixam em um complexo quebra-cabeças, que os adversários do pontífice vêm armando nos últimos anos. O golpe começou a ser fomentado em Washington, no ano de 2018. O grupo de ultraconservadores se reuniu na capital norte-americana para fixar duas metas: atingir a figura de Francisco da forma mais destrutiva possível e adiantar sua sucessão, para escolher, entre os atuais cardeais, o mais adequado aos interesses conservadores.
O “Relatório Chapéu Vermelho” foi organizado por um grupo de ex-policiais, ex-membros do FBI (Departamento Federal de Investigações dos Estados Unidos), advogados, operadores políticos, jornalistas e acadêmicos que trabalharam no estudo da vida e das ideias de cada um dos cardeais, com o fim de destruir as carreiras dos que não interessam, ou beneficiar as daqueles que pretendem impor como substituto de Francisco, quando chegue o momento oportuno. E enquanto esse momento não chega, o grupo busca preparar o terreno para o que Senèze chama de “um golpe de Estado contra o Papa Francisco”.
Em uma manhã de 2017, Roma amanheceu coberta com cartazes contra o Papa. Foi o primeiro ato da ofensiva: o segundo, e certamente o mais espetacular, aconteceu em agosto de 2018, quando, pela primeira vez na história do Vaticano, um cardeal tornou pública uma carta exigindo a renúncia de Francisco. O autor foi o monsenhor Carlo Maria Vigamo, ex-núncio do Vaticano nos Estados Unidos. O correspondente do La Croix no Vaticano detalha a odisseia maligna deste grupo de poder em sua missão por tirar do caminho um Papa cujas posições contra o neoliberalismo, contra a pena de morte, a favor dos imigrantes e sua inédita defesa do meio ambiente através da encíclica Laudato Sí promove uma corrente contrária à desses empresários. Os conspiradores não têm nada de santos: são adeptos da teologia da prosperidade, possuem empresas ligadas mercado financeiro e de seguros, e estão envolvidos até com a exploração da Amazônia. Francisco é uma pedra em seus sapatos, uma cruz sobre suas ambições.
Segundo Senèze, organizações de caridade como “Os Cavaleiros de Colombo” (que possuem cerca de 100 bilhões de dólares, graças às companhias de seguros que administram), o banqueiro Frank Hanna, a rede de meios de comunicação Eternal World Television Network (EWTN), cujo promotor (o advogado Timothy Busch) também é criador do Instituto Napa, que tem a missão de difundir “uma visão conservadora e favorável à liberdade econômica”, estão entre os membros mais ativos do complô. Mas também há outros, como George Weigel e seu famoso think tank, o Centro de Ética e Política Pública.
No diálogo com o jornal argentino Página/12, Senèze fala sobre a trama que, apesar do poder de suas, ainda não foi capaz de derrubar o Papa.

Pergunta: Parece uma história de novela, mas é uma história real. O Papa Francisco foi e é objeto de uma das campanhas mais densas já vistas contra um sumo pontífice.
Nicolas Senèze: O Papa Francisco não serve aos interesses desse grupo de empresários ultraconservadores, e por isso decidiram atacá-lo. Atuam como se fosse o conselho de administração de uma empresa, quando se despede o diretor porque ele não alcançou os objetivos desejados. Essa gente conta com enormes recursos financeiros, e mesmo assim, durante o mandato de Francisco, não conseguiram influenciar sua linha de pensamento. Por isso, começaram a se aproximar de pessoas de dentro da Igreja que também estão contra Francisco. Algumas delas, como o monsenhor Vigamo, chegaram a exigir publicamente sua renúncia. Creio que esse grupo de ultraconservadores superestimaram suas forças. O monsenhor Carlo Maria Vigamo, por exemplo, não calculou a lealdade das pessoas dentro do Vaticano, que não estavam dispostas a trair o Papa, mesmo as que são críticas de Francisco.
Pergunta: A operação que organiza o “Relatório Chapéu Vermelho” tinha dois objetivos, um para agora e outro para o futuro.
Senèze: Efetivamente. Como não puderam derrubar o Papa, tentam agora uma nova estratégia. Francisco tem 84 anos, e podemos pensar que estamos cerca do fim do seu pontificado. O que estão fazendo é preparar o próximo conclave. Para isso, estão investindo muito dinheiro, contratado ex-membros do FBI para preparar dossiê sobre os cardeais que participarão da eleição. O primeiro objetivo é destruir aqueles que têm a intenção de continuar as reformas aplicadas pelo Papa Francisco. Depois, buscar um substituto adequado aos seus interesses. O problema desta meta é que, ao menos até agora, não eles não contam com nenhum candidato verosímil. Não será fácil para eles. Entretanto, podem ir bem no trabalho de arranhar a credibilidade dos candidatos reformistas, e dessa forma, podem levar à eleição de um reformista fraco e manipulável, que ceda a pressão em favor de desmontar as reformas de Francisco. Para isso, contam com muito poder econômico e influência. Creio profundamente que a maioria dos católicos norte-americanos respaldam o Papa Francisco. Mas nos Estados Unidos, a quantidade não basta. O que fala mais alto é o fator dinheiro.
Pergunta: Esses grupos já existiam antes, mas nunca atuaram com tanta força.
Senèze: São empresários com enormes meios à sua disposição. Cada um deles foi criando seu grupo de reflexão dentro da Igreja, sua escola de teologia, sua universidade católica, sua equipe de advogados para defender a liberdade religiosa. É uma nebulosa operação, que funciona mediante uma rede de instituições privadas, e que chegou para dominar o catolicismo norte-americano. São, por exemplo, aqueles que doaram muito dinheiro para ajudar as dioceses estadunidenses que tiveram que pagar enormes indenizações após a revelação dos casos de abuso sexual. Por isso, podem impor uma direção ideológica a essas dioceses. Por exemplo, Tim Busch está presente em todas as etapas dessa montagem. Para proteger poderosos interesses econômicos na Amazônia, esses grupos usam toda a sua força para desviar a atenção e evitar, assim, a promoção de ideias em defesa da ecologia. Trabalham sempre para distrair a atenção dos debates fundamentais. Por exemplo, nos sínodos, buscam impor seus pontos de vista, ou seja, seus interesses.
Pergunta: E como um grupo tão poderoso pode deixar que Francisco fosse eleito Papa?
Senèze: Não perceberam que isso ocorreria, porque a eleição de Francisco foi resultado de uma dinâmica que envolveu outras necessidades: este Papa foi eleito devido à crise no seio da instituição, graças à vontade dos bispos do mundo inteiro de recuperar a após anos de problemas gerados por erros do passado, que levaram, por exemplo, à omissão diante dos casos de abuso sexual. Bergoglio se impôs porque era o mais disposto a reformar essa Igreja. Mas sua ideologia choca com a visão que os católicos ultraconservadores dos Estados Unidos têm sobre qual é o papel da Igreja. Além disso, outro ingrediente próprio do catolicismo estadunidense é o desprezo dos católicos brancos pelos latinos. O setor conhecido pela sigla WASC (“white anglo saxon catholics”, ou “católicos brancos anglo-saxões”) odeia os latinos, os considera pobres fracassados. Os WASC são muito influenciados pela teologia da prosperidade difundida pelos evangélicos.
Pergunta: Donald Trump atua nesse jogo?
Senèze: Não creio que Trump tenha muitas convicções próprias. Ele certamente os escuta, mas quem tem mais proximidade com esse setor é o vice-presidente Mike Pence. As diferenças entre Washington e o Vaticano são muitas: o tema da pena de morte, a postura de Francisco contrária a um liberalismo fora de controle, entre outras. O Papa, é hoje um dos principais opositores aos fundamentos do poder econômico dos Estados Unidos.
                [Publicado originalmente no Página/12 | Tradução de Victor Farinelli         veja também em Carta Maior de 17/9/2019]


Conspiração contra o Papa Francisco




Conspiração contra o Papa Francisco

Uma mensagem da Clara Alvarez que me foi reenviada pelo Hélder Costa, chamou-me a atenção para um texto do eminente teólogo brasileiro Leonardo Boff, publicado em 29 de dezembro de 2019 na Página Digital Brasil 247. Aí é posto a nu um “complô dos Estados Unidos contra o Papa Francisco”.
Num sugestivo excerto do texto que o encabeça, pode ler-se: "Pela primeira vez, um Papa se opõe diretamente ao sistema econômico que, no afã de acumular de forma ilimitada, explora nações, manipula mercados, cria milhões de pobres e agride gravemente os ecossistemas, pondo em risco o futuro da vida na Terra".
Eis a transcrição do texto de editLeonardo Boff:

É importante que os católicos, os cristãos e pessoas interessadas em assuntos religiosos saibam da enorme e até perversa campanha articulada por multibilionários estadounidenses, ultraconsrevadores, junto com pessoas de dentro do Vaticano, ocupando altos cargos, interessados em distorcer suas doutrinas, criticar suas práticas pastorais e diretamente difamar a pessoa do Papa Francisco.
E há uma razão manifesta para esta campanha (que supomos ter representantes também no  Brasil) porque, pela primeira vez, um Papa se opõe diretamente ao sistema econômico que, no afã de acumular de forma ilimitada, explora nações, manipula mercados, cria milhões de pobres e agride gravemente os ecossistemas, pondo em risco o futuro da vida na Terra.
Sua encíclica Laudato Si: sobre o cuidado da Casa Comum (2015) dirigida a toda a humanidade, recebe  grande rejeição destes grupos radicais de direita que se apresentam como piedosos. Frustrados por não conseguirem fazê-lo renunciar (são demasiadamente ingênuos e confiantes em seu poder financeiro), propõem-se a elaborar dossiers detalhados com o auxílio de  agentes da FBI sobre os futuros cardeais, favorecendo o mais que podem aqueles que podem servir a seus interesses e atacando duramente aqueles que talvez prolongarão a agenda do Papa Francisco, submetendo-os a grandes constrangimentos com fake news, inverdade e calúnias.
Estes opositores figadais sabem da  reconhecida liderança moral e também ético-política do Papa Francisco sobre a opinião pública mundial e sobre outros chefes de Estado que apreciam sua coragem, sua sinceridade, seu carisma e seu entranhável amor aos pobres e aos imigrados de África e do Oriente Médio, fugindo da fome e das guerras a caminho da Europa.
De seu círculo bem próximo viemos saber que o Papa se comporta de forma soberana, dorme como uma pedra das 9:30 da noite às 5:30 da manhã e vive o espírito das bem-aventuranças evangélicas da perseguição e difamação. Confiamos no Espírito que conduz a história. Também na Igreja de Deus e nas orações das pessoas de mente pura para que as maquinações maliciosas destes grupos poderosos sejam totalmente frustradas. Elas não vem de Deus mas de um espírito impuro e mau.”


quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Votos de um Bom Ano de 2020!



Votos de um Bom Ano de 2020!

Com um abraço de amizade e fraternidade, envio através deste poema, votos de um Bom Ano Novo.

Reforço-os, fazendo-os acompanhar de uma reprodução de um quadro de Picasso.

Desta maneira,  agradeço também e retribuo os votos de Boas Festas que me foram enviados.

Rui Namorado





Bom Ano de 2020

Inscrito docemente no infinito
o tempo corre como se fugisse.

As flores do outono amadurecem
neste inverno que espera a primavera.

Na pérola do tempo desabrocha
o mistério do ano que há de vir

e o denso murmúrio da alegria
diz que o ano que vem há de ser novo.

Nos nossos pés preparam-se os caminhos
que o sonho nos ensina a percorrer

e em nossas mãos  perpassam as colheitas
que o assombro dos meses vai trazer.
                           
                          [Rui  Namorado]